sexta-feira, 25 de junho de 2010

Rugas.


Cheguei nesse minuto em casa, e escutei logo minha mãe reclamando do computador que estava ligado.
Dessa vez foi diferente, eu não a ignorei, eu a observei.
Minha mãe envelheceu e eu nem percebi suas rugas, elas estão cada vez mais marcadas na pele.
Que angústia que deu.
Minha mãe ali, com sua pele marcada, e já sendo vista como idosa.
Veio depois à sensação de desespero, de um dia eu perdê-la!
O estranho foi o termo realidade inventada que veio a cabeça, parecia isso, eu estava a inventar algo imperceptível aos meus olhos.
Agora, ela reclama do barulho dos teclados, e ainda não estou a acreditar na realidade.

6 comentários:

  1. Comovente texto, nos leva a sensações desconfortaveis!Parabens!

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  2. Muito bom seu texto, cheio de percepções e sensações. Eu gosto! Vou seguir vc! Se quiser e puder, visite meus blogs! Abraço

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  3. E as fendas abertas no teu próprio couro, rapaz?! Se vc ainda não se deu por esta mudança, é bom começar a percebê-la. Envelhecer é belo porque nos aproxima da única certeza da vida, aquela a qual tanto tememos, mas que é a única certeza capaz de nos fazer experimentar a vida com vigor, com vontade, com fome! Grande abraço, garoto! E parabéns pelo espaço, muito bom seu estilo!

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  4. ei, meu bem, fiz orkuticídio, agora temos que nos falar por outros meios. e tem mais, meu telefone celular pifou, mas ainda estou com o chip, qq mande mensagem que vez por outra tomo uns aparelhos celulares emprestados. acho que de três dias pra cá retrocedi em sentimentos... tudo voltou! as mesmas dores, os mesmos pesares, estou indo agora pra casa de minha mãe ver se eu consigo me concentrar pra estudar e por minha vidinha em ordem... saudades de nossas conversas e nossas confluências suicidas.

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