sexta-feira, 25 de junho de 2010

Alma, calma.



Universalmente parei de dizer eu te amo.
A frase me pesa um corpo que de ausente tem a presença.
E tudo se resume a ele, um maldito corpo que mora no meu eu te amo.
Por isso eu odeio essa frase que está banalizada pelo meu ser.
Banalizada porque é presente de forma errônea na ausência desse corpo ausente.
Eu não tenho direito de amar um corpo que só se comporta como corpo.
Corpo máquina, corpo carne, corpo instinto.
Cobro a alma desse corpo, e só vejo a minha alma pedinte.
Tenho pena dessa alma, que pede, que implora, que chora.
Calma alma, alma calma.

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